Transformations of the Agricultural Frontier in Matopiba: From State Planning to the Financialisation of Land

Volume 54 Number 1
Published: February 2, 2023
https://doi.org/10.19088/1968-2023.103

This article explores how the agricultural frontier in Brazil is conceived and how it has been historically shaped by broader socioeconomic changes. It considers the planning process linked to the Cerrado occupation during the military dictatorship (1964–85). The article analyses understandings of the frontier that connected it to concerns about ‘demographic gaps’ and shaped an agenda of state-led ‘national integration’ that neglected local populations. This analysis is linked to recent transnational real estate activities in Matopiba to document how control over the territory persists but is now driven by different protagonists and logics. We document how Brazilian agribusinesses, in association with transnational capital, have created transnational agricultural real estate companies and acquired land in frontier areas such as Matopiba. Although the violence of expropriation and deforestation persists, there are new financial mechanisms that condition the agricultural frontier and exert control over territory, quite unlike previous forms of state-led occupation.

Este artigo analisa como a fronteira agrícola no Brasil é concebida e como ela tem sido moldada historicamente por mudanças socioeconômicas mais amplas. O artigo considera o processo de planejamento ligado à ocupação do Cerrado durante a ditadura militar (1964–85). Ele analisa as concepções de fronteira conectadas a preocupações sobre “lacunas demográficas” e que influenciaram a agenda de “integração nacional” conduzida pelo Estado que negligenciou as populações locais. O artigo analisa ainda as recentes atividades imobiliárias transnacionais no Matopiba para documentar como o controle sobre o território persiste, mas tem agora diferentes protagonistas e motivações. Documentamos como as agroindústrias brasileiras, em associação com o capital transnacional, criaram empresas imobiliárias agrícolas transnacionais e adquiriram terras em áreas fronteiriças como o Matopiba. Embora a violência da expropriação e do desmatamento persista, existem novos mecanismos financeiros que condicionam a fronteira agrícola e exercem controle sobre o território, assumindo formas de ocupação bem diferentes das anteriormente lideradas pelo Estado.

From Issue: Vol. 54 No. 1 (2023) | Frontier Territories: Countering the Green Revolution Legacy in the Brazilian Cerrado